O ano letivo passado trouxe-me novas experiências sobre a formação inicial e contínua de professores e, anexada a esta experiência, novas opiniões. Pela primeira vez orientei IPP (Iniciação à Prática Profissional) e reforcei a minha experiência enquanto formador na área das tecnologias, de forma intensiva, por imposição “covidiana”. 

Julgo que a mudança de opinião sustentada na experiência é sinal de (alguma) inteligência.

O meu contacto próximo com o professor Sérgio Claudino enquanto pessoa e com o IGOT enquanto instituição mostrou-me que a “produção” de professores escasseia e nem por isso estamos afetos à lei da oferta e da procura. Pior, a qualidade aumenta, o bem escasseia, mas a valorização desta massa tão importante para o desenvolvimento do nosso país não acompanha as leis do mercado, e não falo só de remuneração!

Testemunhei, bem de perto, o crescimento enquanto pessoa e profissional de alguém que optou por esta nobre causa que é ajudar a aprender. Ajudar a crescer! Revi-me, em muitas situações, naquilo que foi o meu estágio pedagógico. Na altura pago, na altura numa escola um ano inteiro, na altura com duas turmas.

Viver a escola durante um ano letivo permite-nos visões amplas. Permite-nos perceber a dinâmica deste organismo vivo. Permite-nos perceber se estamos no caminho certo. 

Sobrevive quem ama a profissão, quem ama os seus alunos, quem ama a educação!

Quem se desafia a ser professor é, hoje-em-dia, desafiado a manter-se enamorado com isto tudo.

E vi isso no meu “núcleo de estágio”. Vi conhecimento científico, vi garra, vi paixão e vi muita vontade.

E em relação à formação inicial de professores, só me resta dizer que continuo a achar que falta uma unidade curricular que permita desenvolver competências de integração das tecnologias digitais na didática, para que os futuros novos professores sejam ainda mais hábeis na “administração” das tecnologias digitais com fins pedagógicos. Muito orientados para a avaliação formativa. Mas esta questão da avaliação poderá ser um tópico a desenvolver futuramente.

Resta-me falar sobre a formação contínua. E esta alterou-se. Alterou-se, e bem!

Percebemos que a formação contínua nunca mais será a mesma. Existe muita formação que pode ser adquirida online à distância. Desde ACD, passando por oficinas ou por formação não acreditada e/ou não certificada, vimos os professores a mostrar que são os primeiros a querer aprender. 

Vitor Bastos

Licenciado em Ensino da Geografia (FLUL);
Mestre em Educação com a especialidade em Tecnologias Digitais (IEUL);
Dissertação de mestrado na área da avaliação (Avaliação Formativa no Projeto iClass);
Professor no Colégio Vasco da Gama;
Microsoft Innovative Educator Expert (MIEE);
Fundador do iClass https://iclasscvg.com/;
Fundador do #somossolução

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