Os pensamentos e reflexões sobre a comunicação pedagógica, ou seja, a comunicação em contexto de ensino e de aprendizagem, são algo que me acompanha diariamente. 

Como melhorar esta comunicação com os alunos? 

Quem não de se questiona com frequência sobre o assunto que ponha o dedo no ar!

Todos nós já experienciámos situações de LIC (Lost In Comunication) em sala de aula. 

Há alunos que não ouvem a informação por diversos motivos. Porque estavam desatentos, porque houve ruído e a informação não chegou com a qualidade necessária ou porque o professor não se fez entender. Neste meu contexto, não importa a razão para o LIC, mas sim as soluções para o minimizar e evitar que o professor se repita.

Como gosto da técnica de dramatização como estratégia para captar a atenção dos alunos, vou utilizá-la também nesta minha reflexão. Inventando um número, em contextos Pré-covidianos, a informação enviada, pelo professor, utilizando como recurso a comunicação oral, chega, com a qualidade necessária a 30 por cento dos alunos.

Neste momento, utilizando máscaras sociais, a mesma informação ganha algo de novo! Uns fabulosos filtros das ondas sonoras, saindo, assim, um misto de palavras abafadas por uns “mghffg hfpb hufmph”. Isto enquanto emissores e recetores de informação, o que torna a comunicação ainda mais difícil. 

Quantos de nós, já exaustos de pedir para os alunos repetirem o que estão a tentar dizer, ou envergonhados que pensem que já não estamos dotados de uma qualidade auditiva aceitável, já dissemos que “sim” a algo, não percebendo, de facto, a informação enviada?

Do lado dos alunos a situação será idêntica. Arriscando novamente um valor e considerando este contexto, diria que 10 por cento dos alunos receberão a informação com a qualidade necessária.

Se antes já defendia, de forma acérrima, o uso das ferramentas digitais, para a melhoria da comunicação pedagógica, neste momento defendo-o de forma exponencial. 

Com estas “novas” ferramentas, a comunicação pedagógica, pode (e deve!) melhorar em quantidade e qualidade, facilitando, por um lado, o trabalho dos professores e, por outro, as aprendizagens dos alunos. Devem servir de fermento na forma e no tipo de comunicação, permitindo um upgrade das aprendizagens. 

As ferramentas digitais são, sem dúvida, o elemento central na redução do LIC pelas mais diversas razões.

Seja por email, Teams, Zoom, Meet, Moodle, Discord, chat, videoconferência, partilha de ecrã, WhatsApp, SMS, a diversificação dos suportes e o aumento da frequência da informação levaram a uma melhoria da qualidade da informação. O LIC diminuiu, dando lugar a uma comunicação mais limpa e mais clara

As aprendizagens agradecem e o ensino também!

Vitor Bastos

Licenciado em Ensino da Geografia (FLUL);
Mestre em Educação com a especialidade em Tecnologias Digitais (IEUL);
Dissertação de mestrado na área da avaliação (Avaliação Formativa no Projeto iClass);
Professor no Colégio Vasco da Gama;
Microsoft Innovative Educator Expert (MIEE);
Fundador do iClass https://iclasscvg.com/;
Fundador do #somossolução

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